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Hematologista Clínico com paixão por Propedêutica e pela Filosofia - Consultório: * Tel. 21 38160545 / 21 988389220

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A DOENÇA TOTAL OU A DOENÇA COMO PARTE DA VIDA HUMANA...

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Clínica do sujeito...



Clínica do Sujeito?

Sim... uma clínica centrada nos Sujeitos, nas pessoas reais, em sua existência concreta, inclusive considerando-se a doença como parte destas existências. No entanto, a medicina não somente trabalha com um "entendimento geral" das enfermidades, como acaba por tomar as pessoas por suas doenças. Seria como se a doença ocupasse toda personalidade, todo o corpo, todo o Ser do doente.

Seu João da Silva desapareceria para dar lugar a um psicótico, ou a um hipertenso, ou a um canceroso, ou a um poliqueixoso ( quando não acertamos imediatamente o diagnóstico ). Fala-se até em uma arte psicopatológica para se referir as pinturas elaboradas por doentes mentais, como se a doença substituisse a mente, o cérebro, a vontade, todo o Ser do enfermo. Para a medicina a essência do Sujeito seria esvaziada pela doença, a qual ocuparia o seu lugar após a cura...

Para a medicina haveria um apagamento de todas as outras dimensões existenciais ou sociais do enfermo, a doença o recobriria como uma segunda pele, uma nova identidade. As pessoas deixariam de ser velhas, jovens, pais ou mães, trabalhadores, aposentados ou desempregados, músicos ou professores, e todos seriam enfermos de alguma coisa, assim, pouco importaria lidar com a doença como um dos componentes destas existências concretas. Não são sequer levantadas questões sobre como combinar uma dada enfermidade e o Ser concreto acometido ( Seu João da Silva que é hipertenso ), como combinar o enfrentamento de uma determinada doença com a luta contra o desemprego, o combate a uma certa enfermidade com o cumprimento de funções maternas, o cuidado e tratamento de um dado mal-estar com a conservação de algum conforto e de algum prazer.

Esta polêmica haveria que se estabelecer com a Clínica, sem o que nunca haveria Clínica reformada e muito menos ampliada. Uma enfermidade perturba, transforma e até mata Sujeitos, contudo, apenas raramente, liqüida com todas as demais dimensões da existência de cada um. Assim, hipertensões arteriais semelhantes segundo critérios clínicos tradicionais, teriam conseqüências e gravidades distintas conforme o Sujeito e o Contexto em questão. A Clínica se empobrece toda vez que ignora estas inter-relações, perdendo capacidade de resolver problemas estritamente clínicos, inclusive.
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Sangue e Responsabilidade Ética!!!

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Quente vermelho e denso, o verdadeiro “elixir da vida” nutre as células e desintoxica o organismo. Esta é provavelmente uma das melhores definições do sangue humano. Banhando todas as células, o sangue executa tantas funções que, sem ele, de nada valeria a complexa organização do corpo humano.Tudo isto sem citar as defesas do organismo contra os germes e agentes causadores de doenças, que também são transportadas e fazem parte do sangue.

Diante de um líquido tão precioso, todas as questões éticas, de forum médico ou não, que envolvem o sangue e seus derivados, tomam vulto e complexidade imensos, podendo transformar a mais simples transfusão de sangue em uma complexa reavaliação de nossa compreensão e respeito ao direito de liberdade de culto e crença.

Com alguma frequência nós médicos hematologistas nos deparamos com pedidos de transfusão em pacientes que professam a doutrina dos Testemunhas de Jeová. De imediato uma série de questionamentos surgem... Idade do paciente... doença que o aflige... urgência da transfusão... se há real necessidade do derivado sanguíneo... e finalmente: o quão tradicional ou ortodoxo é o paciente e sua família no cumprimento da doutrina dos Testemunhas de Jeová ?

Disse o gênio da física Albert Einstein:”devemos ter o cuidado de não fazer do intelecto nosso deus; ele sem dúvida tem músculos fortes, mas nenhuma personalidade”. O médico com seu pragmatismo intelectual e científico muitas vezes se deixa seduzir pelo - suposto - domínio sobre a vida alheia, principalmente quando esta vida está no seu limite. Utilizar deste poder sobre as decisões de nossos pacientes, adaptando as vontades dos enfermos aos nossos conceitos, desrespeitando as convicções mais arraigadas, em nome de uma racionalidade científica, infelizmente, é lugar comum na prática médica.

Em minha experiência, posso afirmar que a maioria dos médicos tem uma baixa compeensão sobre os Testemunhas de Jeová, considerando-os niilistas, ou seja, descrentes da medicina e sua ciência, o que tenho certeza não é verdade. Nós médicos tendemos a subestimar a importância desta proibição de receber transfusões. Para um Testemunha de Jeová a aceitação da transfusão sanguínea não é uma infração menor, podendo ser punida com a excomunhão da igreja, perda da chance de uma vida eterna e principalmente o término de seu relacionamento com a divindade.


Existem nos Estados Unidos vários centros de tratamento denominados “Centers for Bloodless Surgery” que proporcionam alternativas racionais a transfusão indiscriminada de hemoderivados. Estes centros de tratamento possuem médicos treinados em utilizar estratégias como hormônios estimuladores do crescimento das células precursoras do sangue, técnicas de diluição do sangue e transfusão autóloga intra-operatória - em que o paciente é transfundido com o próprio sangue. Infelizmente, no Brasil não dispomos destes centros, estando a limitação das transfusões determinada apenas pela capacitação individual do médico e sua equipe.

É sabido que grande parte das transfusões sanguíneas são desnecessárias e tratam muito mais o “exame laboratorial” do que o paciente. Importante salientar que um médico menos experiente, poderá transfundir um paciente valendo-se muito mais dos resultados impressos em um boleto de laboratório do que de um exame clínico bem feito. Nossa formação médica é deficiente na valorização dos hemoderivados, que são utilizados como parte da hidratação e não com o verdadeiro fim de manter o equilíbrio humano. A transfusão de qualquer componente sanguíneo deve ser encarada como um verdadeiro transplante de tecido vivo. Na prática diária encontramos colegas que transfundem seus pacientes para “encher o tanque” como se fôssemos verdadeiras máquinas, sem levar em conta os riscos inerentes de uma transfusão.

Diante de um enfermo que professe a doutrina dos Testemunhas de Jeová, todo médico deverá fazer uma decisão pessoal sobre o quão aceitável para ele é a convicção de seu paciente quanto a não receber transfusões. Caso não considere pertinente as convicções deste fiel, deverá, sem perda de tempo, referir ou transferir o paciente para outro médico que o aceite, não tentando, nesse momento, reverter convicções religiosas ou doutrinárias a respeito da transfusão sanguínea. Esta será, sem dúvida, a forma mais respeitosa de tratar alguém cuja convicção religiosa é total ou parcialmente antagônica a nossa concepção do binômio cotidiano-fé.

Embates jurídicos e de opinião pública são travados com frequência entre médicos e fiéis dos Testemunhas de Jeová. Com certeza o número destes confrontos poderia ser bem menor se houvesse respeito mútuo e aplicação de algumas normas básicas do código de ética médica em seu artigo n 56 “É vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas terapêuticas...” Também deverá o fiel ortodoxo, procurar auxílio terapeutico com doutores conhecidos ou em centros médicos referenciados para suas exigências e se estes não existem, procurar organizá-los o mais rápido possivel, para tentar não se transformar em réu ou vítima de mais um duelo entre a ciência e a técnica racional de um lado contra a fé e a convicção doutrinária de outro.


Curioso que nossa sociedade ocidental, cartesiana e cristã, fundamentada em valores oriundos do derramamento redentor e sacrificial de sangue pelo nosso Messias, não tenha amadurecido o respeito e a capacidade de compreensão da fé alheia. Devemos sempre lembrar que fomos perseguidos na Palestina, atirados aos leões por Roma e que nossos reformaores foram banidos de várias sociedades. Não defendo o ecumenismo e tenho minhas convicções na reforma calvinista bem arraigadas, mas tenho certeza que o respeito religioso e a convivência pacífica inter-doutrinária é e sempre será um dos pilares para a evolução da ciência e da sociedade.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Emerson bebia o sangue do mundo enquanto pensava no sangue das pleiades e nos homens eternos...

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"45 pensamentos de Ralph Waldo Emerson"



"Não é carne nem o sangue, é o coração que nos faz pais e filhos."

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1.Homens fracos acreditam na sorte. Homens fortes acreditam em causa e efeito.

2.É fácil viver no mundo conforme a opinião das pessoas. É fácil, na solidão, viver do jeito que se quer. Mas o grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém com perfeita doçura a independência da solidão.

3.Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.

4.Quero dizer o que eu penso e sinto hoje, com a condição de que talvez amanhã eu vá contradizer tudo.

5.O prêmio por uma coisa bem feita é tê-la feito.

6.A verdade sem dúvidas é linda; assim como as mentiras.

7.O que nos outros chamamos de pecado, para nós é experiência.

8.O silêncio que aceita o mérito como a coisa mais natural do mundo constitui o mais retumbante aplauso.

9.Um amigo é uma pessoa com a qual posso ser sincero. Diante dele posso pensar em voz alta.

10.Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: «Faça sempre o que tiver medo de fazer».

11.É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele próprio.

12.Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões.

13.A principal necessidade de nossas vidas é alguém que nos obrigue a fazer o que podemos fazer. Eis a tarefa do amigo.

14.O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são meios para obtê-la.

15.Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.

16.Todo o homem que encontro me é superior em alguma coisa. E, nesse particular, aprendo com ele.

17.A solidão é impossível, e a sociedade, fatal.

18.Faz sempre primeiro o que mais difícil te parecer.

19.Creio muito na sorte. Quanto mais trabalho, mais sorte pareço ter.

20.Por cada minuto que nos zangamos, perdemos 60 segundos de felicidade.

21.O que é, afinal, uma erva daninha senão uma planta da qual ainda se não descobriram as virtudes?

22.A única recompensa da virtude é a própria virtude. O único modo de ter um amigo é ser um.

23.As nossas melhores idéias vêm dos outros.

24.Deviam parar com a demagogia sobre as massas. As massas são rudes, sem preparação, ignorantes, perniciosas em suas reivindicações e influências. Não precisam de lisonjas mas de instrução.

25.Existem pessoas que têm sede de sofrer. O prazer nunca é forte o suficiente, e elas anseiam a dor.

26.Um problema sem solução é um problema mal colocado.

27.Adote o ritmo da natureza. O segredo dela é a paciência.

28.As religiões que chamamos de falsas já foram verdadeiras um dia.

29.O homem que está ocioso pode fazer algo de melhor.

30.Os nossos conhecimentos são a reunião do raciocínio e experiência de numerosas mentes.

31.Ouvi, com humilde admiração, uma senhora declarar que a sensação de estar bem vestida dava-lhe um sentimento de tranquilidade interior que a religião não lhe podia conferir.

32.Se um homem se apegar resolutamente aos seus instintos, o mundo acabará por ceder diante dele.

33.Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização.

34.É prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas, do modo mais simples.

35.Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem.

36.A natureza e os livros pertencem aos olhos que os vêem.

37.Ao analisar os fatos históricos, evita ser profundo, pois muitas vezes as causas são bastante superficiais.

38.As ações dos homens são demasiado fortes. Mostrem-me um homem que não tenha sido vítima das suas próprias ações.

39.Em toda a obra de gênio reconhecemos os pensamentos que havíamos rejeitado. Estes retornam a nós com uma certa majestade alienada.

40.Nunca leia um livro que não tenha um ano de idade.

41.Nunca houve criança tão amável a ponto da própria mãe não ficar satisfeita ao conseguir adormecê-la.

42.O amor está em toda a parte da natureza, como emoção, mas também como recompensa.

43.A felicidade é um perfume que não podemos espargir sobre os outros, sem que caiam algumas gotas sobre nós mesmos.

44.O que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que você está dizendo.

45.O homem que deseja dirigir uma orquestra, deve voltar as costas para a multidão.

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Receita: Drink Sangue de Virgem

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- Xarope de groselha
- Vodka
- Gelo
- Leite condensado


Partes iguais batidas no mixer

Toques finais de cobertura de morango... Para dar um colorido a mais...
Finalize com umas folhinhas de hortelã ( duas inteiras na borda e umas outras duas ou três amassadas no copo, para aumentar o frescor... )

Sirva bem gelado!!!


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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sangue e Chocolate

Dica de Cinema !!!








Há 10 anos, nas montanhas do Colorado, uma bela jovem assiste ao assassinato de sua família por homens raivosos e violentos.
O motivo da morte é que todos eram lobisomens.
Ela consegue escapar e, depois de crescer, passa a trabalhar em uma loja de chocolates em Bucareste, cidade onde mora.
Ela tenta viver de forma normal, e percorre os subterrâneos da cidade com o objetivo de evitar que seu primo, acompanhando de uma gangue, realize ataques.
Ao mesmo tempo, ela conhece um artista que é fascinado pela idéia de pessoas que podem se transformar em lobo.
O que ele não suspeita é que o objeto de sua fascinação existe e está mais próximo do que ele pode imaginar.




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