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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

(Roubado) -Em meu aniversário... Assuero Silva



Hoje é aniversário do Lucas de nossa vida. O médico mais amado. Meu amigo e parceiro em alguns trabalhos já realizados como seminários e debates – Dr. Assuero Silva.
Lá estivemos em um encontro que poderia dar-se em um congresso de medicina, hospital ou coisa parecida dado aos inúmeros representantes da área de saúde. Alguns poucos mortais, doentes ou não no momento, entregaram ali seu respeito e admiração pela cativante personalidade do nosso aniversariante.
Presentes foram poucos, presenças foram muitas. Aprecia canetas e motos, gostos raros e caros mas o mais importante não faltou. Respeito, admiração, abraços.

Todos sabemos que médicos brincam um pouco de deus. É verdade. Penso isso mas logo percebo que se eles pensam que o fazem só porque dão umas ordens aqui e ali que nem são sempre seguidas.

Deus, deus mesmo é quem tem filhos pequenos. Digo isso e explico. As metáforas cristãs de que Deus é o pai e nós os filhos se elucida. Os filhos suplicam. Os pais decidem. Mudam de casa. Mudam os filhos de escola. Decidem as férias. Fazem o diabo. E os pequenos seres podem apenas protestar ou agradecer a deus a sorte que lhes é imposta.
“ – Você não vai para a casa da Paulinha hoje.”
“ – Mas por quê?”
...os pobres pedem, suplicam por uma explicação mais lógica mas os desígnios do pai não são os dos filhos. Sempre resta a eles a possibilidade de entrar com o recurso para com o outro pai ou mãe correndo o risco do famoso círculo da responsabilidade empurrada. No entanto, a fase de filhos pequenos é a fase do ciclo vital com maior risco e incidência de separação. Seja porque o filho já fora encomendado na falência do casamento onde a própria relação homem-mulher já estava abalada. Ora porque os conflitos e mudanças impostas pelos traumas do nascimento e crescimento das crianças seja demais para estrutura em questão. O fato é que percebemos o crescimento do fenômeno que mais nos interessa na modernidade – a família monoparental. A Produção independente, mães solteiras, guardas compartilhadas e número crescente de divórcios geram famílias onde a responsabilidade de criação do filho pesa somente sobre um dos pais. O que tem tornado tudo mais complicado para pais e crianças.

Enquanto cresce a complexidade só o que peço ao único e verdadeiro Deus é que me dê sabedoria do alto nesta missão e que “mesmo sendo maus, consigamos dar boas dádivas aos nossos filhos” – disse Jesus.
É o mais poderoso tipo de amor que conheço... e que um dia nosso amigo possa se ver diante desta responsabilidade divina.

Rio de Janeiro, 26 de Fevereiro
Postado por Liliane Cunha



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